quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reflexão crítica

O diálogo, a interacção e a partilha que as novas tecnologias da informação e comunicação tornam possível, reduzem a distância transaccional e proporcionam uma aprendizagem que ultrapassa qualquer limite, temporal ou geográfico.

Em EaD, a distância é mais pedagógica do que física e prende-se com a distância da compreensão e da percepção que decorrem da distância geográfica e que deve ser ultrapassada por professores, alunos e instituições educativas de forma a permitir que o processo ensino/aprendizagem ocorra de forma eficaz. Os pressupostos para ultrapassar tal distância, são de natureza interactiva e de concepção predominantemente educativa sendo por isso designada por Moore por “distância transaccional”.
A interactividade é em EaD, o elemento fulcral para o sucesso da aprendizagem dado que promove o envolvimento dos alunos na aprendizagem. Efectivamente, o grau de transacionalidade é definido por três grupos de variáveis: o diálogo educacional, a estrutura do programa e a autonomia do aluno, existindo entre elas uma estreita relação, pois quanto maior é a estrutura e menor o diálogo maior será a autonomia que o aluno deverá exercer.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Comunidades em Cursos Online


A definição de comunidade varia muito entre diferentes autores, mas de um modo geral, todos concordam que em contextos educacionais a comunidade é evidenciada numa turma onde os alunos participem activamente e partilhem ideias, tanto pessoais como académicas. Com frequência a comunidade é geralmente constituída através de um fórum de discussão ou qualquer outra forma de conferência em rede, ao qual os alunos podem ter acesso a qualquer momento. Em certos casos a comunidade funciona através de e-mail, de ambientes de “chat” sincronizados ou através da combinação de métodos de comunicação.

Uma comunidade (grupo de pessoas), deve possuir as seguintes características: “reconhecimento de membros e não-membros, uma história partilhada, um local de encontro comum, compromisso para um objectivo comum, adopção de padrões normativos de comportamento e emergência de hierarquia de papeis” (Haythornthwaite et al., 2000).

Muitos autores abordam a colaboração e, na sua definição, incluem elementos que outros apontam como prova de existência de uma comunidade. Para praticantes e investigadores que adoptam teorias actuais de aprendizagem, as aulas online sem colaboração ou comunidade são modelos de transmissão não desejáveis, que se focalizam mais na distribuição da informação do que na construção do conhecimento.

Os investigadores incluem uma componente de interacção entre estudantes como um ingrediente fundamental de comunidade em aulas online. Esta terá que incluir interacção sobre o conteúdo do curso que irá mais além do que disponibilizar as ideias de cada indivíduo aos outros. Os investigadores que se focam na comunidade também procuram interacção social e pessoal entre os estudantes. Por fim, embora haja algum nível de concordância entre definições de comunidade e colaboração, estes são constructos que não são uniformes ou claramente definidos.

(1) Texto baseado na obra de: Raven M. Wallace (2003) – Online Learning in Higher Education: a review of researche on interactions among teachers and student. Education, Communication & Information, Volume 3, Issue 2, pgs. 241 – 280)

sábado, 18 de outubro de 2008

Distância Transaccional

Para Moore, teoria do ensino e teoria da aprendizagem são duas realidades diferentes, ambas baseadas em duas importantes dimensões: a distância transaccional e a autonomia do aprendiz, centrando-se a sua maior importância nas necessidades do aluno, com particular ênfase para o estudo independente e autónomo. Para este autor, a distância transaccional assenta em duas variáveis: diálogo e estrutura, sublinhando-se a autonomia do aprendiz, que, em seu entendimento, recorre ao mestre sempre que necessita, dele dependendo todo o êxito que será tanto maior quanto maior for a sua capacidade autonómica.
O diálogo está directamente relacionado com a capacidade de comunicação entre o mestre e o aprendiz enquanto que a estrutura consiste na capacidade da resposta de um determinado programa às necessidades individuais do aprendiz.
Moore considera que a autonomia é uma consequência do processo de maturação do indivíduo e que os programas de ensino a distância, devido à sua estrutura requerem aprendizes autónomos, de forma a poderem concluí-los com sucesso.
Mais diálogo entre o instrutor e estudantes corresponde de acordo com o autor, a uma distância transaccional menor, enquanto que mais estrutura significará uma distância transaccional mais longa. Mas em qualquer modelo de ensino, a distância transaccional varia, de acordo com a estrutura e organização dos cursos e a forma como os mesmos são disponibilizados, podendo no entanto concluir-se que a aulas sem discussão corresponde uma maior distância transaccional, enquanto que discussões síncronas são caracterizadas por uma menor distância transaccional.
Porém, Moore e Kearsley (1996), admitiram a hipótese de existir um terceiro factor a interagir com o diálogo e a estrutura: a autonomia do estudante, formando os três um importante modelo para a compreensão do papel do aprendiz na educação a distância, a que chamaram “Teoria da Distância Transacional”. A autonomia era por eles vista como o controlo do estudante sobre o planeamento, execução e evolução do seu próprio trabalho.Com bases nestes factores, distância transaccional, diálogo, estrutura e autonomia do estudante, explorados de modo a permitir a compreensão da forma como os estudantes se relacionam com as aulas de educação a distância, Saba e Shearer (1994), testaram o conceito de distância transaccional, criando um modelo dinâmico em que esta aumentava com os aumentos de diálogo e diminuía com os aumentos de estrutura. Este modelo produziu valores para distância transaccional consistentes com a teoria de que a distância transaccional é directamente proporcional ao diálogo e inversamente proporcional à estrutura.